sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Certas vezes gostaria de ser seca.
Isenta da irrigação constante às veias,
Alheia à enchente de sentimentos.
Fria, pobre, seca, frígida.

Certamente estaria abnegando tantas boas sensações.
Porém garantiria uma vida morna, monótona.
E quem disse que felicidade é um sentimento interno? Estupidez dos sonhadores!
Pobres coitados... Em busca da tal encontram apenas decepção.
E como se sentir feliz diante da escravidão aos padrões impostos por "sabe lá quem"?

A mim não vão dizer que ser feliz é ter um bom marido, lindos filhos, um cachorro no jardim florido, passar o ano apertada para passar férias no nordeste e postar uma linda foto na internet.

Aos que querem me empurrar "goela abaixo" falsas verdades, cuspe; apenas o que eles merecem!

Com que direito eles usurpam até o conceito de liberdade? Ela é mais que correr nua na praia. Mas nem sei seu tamanho. Me limitaram, não me deixam enxergar.

E após inúmeras buscas pela tal felicidade, porrada atrás de porrada, entrego-me. Desisto.

Sou fraca. Nem fria, nem feliz. Fraca!