quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Estrelando: Minha Consciência.
As coisas mudam. Será isso boa coisa?
Não importa...
Não pode perder o foco. Ter a consciencia de que é sempre assim e que deve saber lidar com mudanças.
Por que o medo? Não pode ser bom? "Tira, taurina, um pouco os pés do chao... se permita voar..."
E aí? E se não for nada disso? Vai se jogar da ponte?
Se não for nada disso, ja foi... foi lindo!
A música, a rima, a métrica... os amigos que não são os mesmos. Por isso você não chora, não é?
Porque foi você que os abandonou. A dor agora é do medo do próprio abandono... Provar do próprio veneno.
E o que fazer? Chorar não resolve. Brigar com as pessoas que nem sabem dessa dor sem propósito, muito menos. É aí que se perde...
Meu conselho? Quando seu filho acorda com medo do monstro debaixo da cama o que diz a ele? Diga o mesmo a você.
Esse monstro não existe. Está apenas na sua cabeça.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Um único momento... (Rubem Alves)
Há uma morte feliz. É aquela que acontece no tempo certo. O rei, transbordante de felicidade pelo nascimento do seu primeiro neto, convidara todos os poetas, gurus e magos do reino a virem ao palácio a fim de escreverem num livro de ouro seus bons desejos para a criança. Um sábio de muito longe, desconhecido, escreveu: "Morre o avô, morre o pai, morre o filho..." O rei, enfurecido, mandou prendê-lo no calabouço. A caminho do calabouço passou pelo rei que o amaldiçoou pelas palavras escritas. O sábio respondeu: "Majestade, qual é a maior tristeza de um avô? Não é, porventura, ver morrer seu filho e seu neto? Qual é a maior tristeza de um pai? Não é, porventura, ver morrer o filho? Ah! Quanto não dariam eles pra poder trocar de lugar com os filhos e netos mortos. Felicidade é morrer na ordem certa. Morre primeiro o avô, vendo filhos e netos. Morre depois o pai, vendo seus filhos..." Ouvindo isso, o rei tomou as mãos do sábio nas suas e as beijou...
Não acredito que haja dor maior que a morte de um filho. A princípio é uma dor bruta, sem forma ou cores, como se fosse uma montanha de pedra que se assenta sobre o peito, eternamente. Com o passar do tempo essa dor bruta se transforma. Passa a ser muitas, cada uma com um rosto diferente, falando de coisas diferentes. Há aquela dor que é a pura tristeza pela ausência. Ela só chora e diz: "Nunca mais..." Outra é aquela dor que se lembra das coisas que foram feitas e não deveriam ter sido feitas, coisas que não foram feitas e deveriam ter sido feitas: a palavra que não foi dita, o gesto que não foi feito. É a dor da saudade misturada com a tristeza da culpa. E há uma outra dor: a tristeza de que o filho não tenha completado o que começara.
Existe grande alegria em terminar a obra que se iniciou: ver a casa pronta, o livro escrito, o jardim florescendo. A vida de um filho é assim: um sonho a ser realizado. Aí vem o impossível meteoro que estilhaça o sonho. Fica a casa não terminada, o livro por escrever, o jardim interrompido.
Essa era uma das dores daquele pai que me falava da sua dor pela morte do filho. Lembrei-me de um livro que li, faz muito tempo Lições de Abismo, de Gustavo Corção. Era a história de um homem, cinquenta e poucos anos, que descobre que teria não mais de seis meses de vida, a doença que estava em seu corpo matava rápido. Sem futuro ele examina o passado, em busca de sinais de que não vivera em vão. O que encontra: cacos, fragmentos, fracassos, um casamento desfeito, a solidão. Pensa então, que a vida deveria ser como uma sonata de Mozart que dura não mais que vinte minutos. Morre cedo. Depois dela vem o silêncio. Morre feliz. O silêncio se fez porque tudo que havia para ser dito havia sido dito. Mas a sua vida- o disco se quebrara antes que pudesse dizer qualquer coisa. Sua sonata nem mesmo se iniciara...
Assim sentia aquele pai: seu filho era uma sonata que mal se iniciara.
Se eu morrer agora não terei do que me queixar. A vida foi muito generosa comigo. Plantei muitas árvores, tive três filhos, escrevi livros, tenho amigos. Claro, sentirei muita tristeza, porque a vida é bela, a despeito de todas as suas lutas e desencantos. Quero viver mais, quero terminar a minha sonata. Mas se por acaso ela ficar inacabada, outros poderão arrumar o seu fim. Assim aconteceu com a Arte da Fuga, de Bach. O tema eram as notas do seu próprio nome, BACH, si bemol, lá, do, si natural. Na última página do manuscrito, letra de Carl Philip Emanuel, filho de Bach, está escrito: "NB: No curso dessa fuga, no ponto em que o nome de B.A.C.H. foi introduzido como contratema, o compositor morreu. " Bach morreu mas a obra já estava claramente estruturada. Foi possível a um outro terminá-la. Se o mesmo acontecer comigo não terei do que me queixar. Mas fica a pergunta: "E aqueles que não tiveram tempo para escrever o seu nome?"
Já me fiz essa pergunta várias vezes, pensando nos meus filhos. Eu também queria que eles levassem as suas sonatas até o fim, mesmo que não estivesse aqui para ouvi-las. Mas não se pode ter certezas. A possibilidade terrível sempre pode acontecer. E se ela acontece vem o sentimento de que tudo foi inútil.
Aí, de repente, eu experimentei "satori": abriram-se-me os olhos, e vi como nunca havia visto. Senti que o tempo é apenas um fio. Nesse fio vão sendo enfiadas todas as experiências de beleza e de amor por que passamos. "Aquilo que a memória amou fica eterno." Um pôr-do-sol, uma carta que se recebe de um amigo, os campos de capim-gordura brilhando ao sol nascente, o cheiro do jasmim, um único olhar de uma pessoa amada, a sopa borbulhante sobre o fogão de lenha, as árvores de outono, o banho de cachoeira, mão que se seguram, o abraço de um filho: houve muitos momentos em minha vida de tanta beleza que eu disse para mim mesmo: "Valeu a pena eu haver vivido toda a minha vida só para poder ter vivido esse momento." Há momentos efêmeros que justificam toda uma vida.
Compreendi, de repente, que a dor da sonata interrompida se deve ao fato de que vivemos sob o feitiço do tempo. Achamos que a vida é uma sonata que começa com o nascimento e deve terminar com a velhice. Mas isso está errado. Vivemos no tempo, é bem verdade. Mas é a eternidade que dá sentido à vida.
Eternidade não é o tempo sem fim. Tempo sem fim é insuportável. Já imaginaram uma música sem fim, um beijo sem fim, um livro sem fim? Tudo que é belo tem de terminar. Tudo que é belo tem de morrer. Beleza e morte andam sempre de mãos dadas.
Eternidade é o tempo completo, esse tempo do qual a gente diz: "Valeu a pena." Não é preciso evolução, não é preciso transformação: o tempo é completo e a felicidade é total. É claro que isso, como diz Guimarães Rosa, só acontece em raros momentos de distração. Não importa. Se aconteceu fica eterno. Por oposição ao "nunca mais" do tempo cronológico, esse momento está destinado ao "para todo o sempre".
Compreendi, então, que a vida não é uma sonata que para realizar a sua beleza, tem de ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um álbum de minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade. Um único momento de beleza e amor justifica uma vida inteira.
Não acredito que haja dor maior que a morte de um filho. A princípio é uma dor bruta, sem forma ou cores, como se fosse uma montanha de pedra que se assenta sobre o peito, eternamente. Com o passar do tempo essa dor bruta se transforma. Passa a ser muitas, cada uma com um rosto diferente, falando de coisas diferentes. Há aquela dor que é a pura tristeza pela ausência. Ela só chora e diz: "Nunca mais..." Outra é aquela dor que se lembra das coisas que foram feitas e não deveriam ter sido feitas, coisas que não foram feitas e deveriam ter sido feitas: a palavra que não foi dita, o gesto que não foi feito. É a dor da saudade misturada com a tristeza da culpa. E há uma outra dor: a tristeza de que o filho não tenha completado o que começara.
Existe grande alegria em terminar a obra que se iniciou: ver a casa pronta, o livro escrito, o jardim florescendo. A vida de um filho é assim: um sonho a ser realizado. Aí vem o impossível meteoro que estilhaça o sonho. Fica a casa não terminada, o livro por escrever, o jardim interrompido.
Essa era uma das dores daquele pai que me falava da sua dor pela morte do filho. Lembrei-me de um livro que li, faz muito tempo Lições de Abismo, de Gustavo Corção. Era a história de um homem, cinquenta e poucos anos, que descobre que teria não mais de seis meses de vida, a doença que estava em seu corpo matava rápido. Sem futuro ele examina o passado, em busca de sinais de que não vivera em vão. O que encontra: cacos, fragmentos, fracassos, um casamento desfeito, a solidão. Pensa então, que a vida deveria ser como uma sonata de Mozart que dura não mais que vinte minutos. Morre cedo. Depois dela vem o silêncio. Morre feliz. O silêncio se fez porque tudo que havia para ser dito havia sido dito. Mas a sua vida- o disco se quebrara antes que pudesse dizer qualquer coisa. Sua sonata nem mesmo se iniciara...
Assim sentia aquele pai: seu filho era uma sonata que mal se iniciara.
Se eu morrer agora não terei do que me queixar. A vida foi muito generosa comigo. Plantei muitas árvores, tive três filhos, escrevi livros, tenho amigos. Claro, sentirei muita tristeza, porque a vida é bela, a despeito de todas as suas lutas e desencantos. Quero viver mais, quero terminar a minha sonata. Mas se por acaso ela ficar inacabada, outros poderão arrumar o seu fim. Assim aconteceu com a Arte da Fuga, de Bach. O tema eram as notas do seu próprio nome, BACH, si bemol, lá, do, si natural. Na última página do manuscrito, letra de Carl Philip Emanuel, filho de Bach, está escrito: "NB: No curso dessa fuga, no ponto em que o nome de B.A.C.H. foi introduzido como contratema, o compositor morreu. " Bach morreu mas a obra já estava claramente estruturada. Foi possível a um outro terminá-la. Se o mesmo acontecer comigo não terei do que me queixar. Mas fica a pergunta: "E aqueles que não tiveram tempo para escrever o seu nome?"
Já me fiz essa pergunta várias vezes, pensando nos meus filhos. Eu também queria que eles levassem as suas sonatas até o fim, mesmo que não estivesse aqui para ouvi-las. Mas não se pode ter certezas. A possibilidade terrível sempre pode acontecer. E se ela acontece vem o sentimento de que tudo foi inútil.
Aí, de repente, eu experimentei "satori": abriram-se-me os olhos, e vi como nunca havia visto. Senti que o tempo é apenas um fio. Nesse fio vão sendo enfiadas todas as experiências de beleza e de amor por que passamos. "Aquilo que a memória amou fica eterno." Um pôr-do-sol, uma carta que se recebe de um amigo, os campos de capim-gordura brilhando ao sol nascente, o cheiro do jasmim, um único olhar de uma pessoa amada, a sopa borbulhante sobre o fogão de lenha, as árvores de outono, o banho de cachoeira, mão que se seguram, o abraço de um filho: houve muitos momentos em minha vida de tanta beleza que eu disse para mim mesmo: "Valeu a pena eu haver vivido toda a minha vida só para poder ter vivido esse momento." Há momentos efêmeros que justificam toda uma vida.
Compreendi, de repente, que a dor da sonata interrompida se deve ao fato de que vivemos sob o feitiço do tempo. Achamos que a vida é uma sonata que começa com o nascimento e deve terminar com a velhice. Mas isso está errado. Vivemos no tempo, é bem verdade. Mas é a eternidade que dá sentido à vida.
Eternidade não é o tempo sem fim. Tempo sem fim é insuportável. Já imaginaram uma música sem fim, um beijo sem fim, um livro sem fim? Tudo que é belo tem de terminar. Tudo que é belo tem de morrer. Beleza e morte andam sempre de mãos dadas.
Eternidade é o tempo completo, esse tempo do qual a gente diz: "Valeu a pena." Não é preciso evolução, não é preciso transformação: o tempo é completo e a felicidade é total. É claro que isso, como diz Guimarães Rosa, só acontece em raros momentos de distração. Não importa. Se aconteceu fica eterno. Por oposição ao "nunca mais" do tempo cronológico, esse momento está destinado ao "para todo o sempre".
Compreendi, então, que a vida não é uma sonata que para realizar a sua beleza, tem de ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um álbum de minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade. Um único momento de beleza e amor justifica uma vida inteira.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
"O carinha do cursinho do Eduardo que disse..."
Ele abriu os olhos ao que parecia ser mais um dia. Levantou, levou o pé direito ao chão, logo depois o esquerdo, como sempre. Mas ao ir na direção do banheiro, uma topada com o dedo mindinho o fez atinar para o fato de que talvez nesse dia não conseguiria manter sua rotina sistemática. Afinal, não estava em seus planos um pé dolorido num dia tão importante. Se lembrou de todo o esforço, trabalho e abnegação para finalmente chegar ao cargo de diretor do curso em que dava aula há anos, preparando jovens para serem pessoas melhores que ele próprio.
Já pronto para sair, foi até a estante onde estava o esboço do discurso que havia preparado para o momento da "posse". Ao pegar os papéis, seus olhos foram direta e involuntariamente de encontro à um antigo livro que nem se lembrava que possuía. Mesmo sabendo que estava com o horário apertado (falta de pontualidade, em sua opinião, é o pior defeito de um profissional), e sem saber exatamente o por quê, pegou o livro e começou a folheá-lo. Sentiu que algo caiu de dentro do livro. Estava em seu pé, um pedaço de papel rosa dobrado. Naquele momento ele fechou os olhos, pedindo para que tudo fosse uma ilusão, mas a sensação das lembranças já haviam tomado conta do seu corpo e mente. Aquele papel, infeliz pedaço de papel, acabara de lembrá-lo que, sim, ele havia vivido um grande amor! Nesse momento se deu conta de que, na verdade, essa lembrança nunca havia saído de sua cabeça.
Com consciência de que talvez fosse a maior burrice de sua vida, desligou os celulares, parou os relógios, afrouxou o nó da gravata e sentou-se, com o pequeno pedaço de "lembrança" rosa nas mãos e os olhos fixos. Sabia que um dia esse encontro com ele mesmo deveria acontecer, e decidiu que esse era o melhor momento pra isso.
Com uma simples conta com os dedos, percebeu que faziam surpreendentes cinco anos que estava em posse desse bilhete e que nunca havia tido coragem de lê-lo. Sentiu raiva de si mesmo por isso.
Fechou os olhos e instantaneamente vieram em sua mente sensações, lembranças, cheiros...
Numa quarta-feira já no mês de Agosto, cinco anos antes, em um dia normal de aula, já cansado e torcendo pelo final de semana, passando a matéria mecânicamente, foi interrompido por uma menina. Aluna nova, no meio da semana, e do ano. Desconcentrou toda a turma ao entrar, pedindo licença, toda atrapalhada com livros, mochila, casacos. Ele, sério, pediu para que ela se sentasse para poder continuar.
Ao longo da semana essa menina se mostrou muito interessada na matéria que ele lecionava, o que ele julgou estranho, apenas pelo fato de a aparência dela ser um tanto despojada. "Tem cara de péssima aluna", pensou.
Dias depois, em um debate levantado por ele sobre o Movimento Hippie ela se manifestou, situação que já era normal (ela falava bastante) se da boca dela não tivesse saído a frase "Deixa de ser careta, professor!". Foi só nesse instante que ele olhou pra ela sem nenhuma barreira. Ela quebrou toda sua guarda. E aí sim, reparou que a menina possuía os olhos mais expressivos que ele já viu.
Sem graça dispensou os alunos e deu por terminada a aula. Sozinho na sala, a frase, a voz, os olhos, martelavam na cabeça dele em tal volume, que ele nem percebeu quando ela entrou. Foi pedir desculpas se causou algum constrangimento e convidá-lo para tomar um mate. Precisou de certo esforço, mas conseguiu convencê-lo.
Ironicamente uma menina com vinte anos menos que ele, em uma noite apresentou um mundo totalmente desconhecido para esse experiente professor. A impotência se confundiu com o fascínio. E pela primeira vez ele se sentiu jovem! Quase sem se dar conta, passou dias na casa dela. Participou de reuniões de organizações políticas de juventude, ensaios de teatro alternativo, encontros com exagerado consumo de cannabis, e não foi trabalhar.
Em uma das noites acordou sozinho e silenciosamente começou a observar ao seu redor. Um quarto com muitas fotos, tapetes e panos coloridos. Uma cama de lençóis pretos de bolinha branca e um cobertor vermelho. Ao seu lado, ela. Deitada de bruços, com os cabelos longos e escuros repousados sobre as costas nuas. Um corpo em perfeita harmonia com a meia luz. Sem se conter acaricia seu rosto, o que a faz abrir seus lindos olhos, que se encontraram com os dele. Nesse instante um sorriso surge nas duas bocas. E como se já não tivesse tudo perfeito, ela diz sussurrando: "eu te amo.". Um quente subiu pelo seu corpo e ele constatou rapidamente que ele também... ele amava!
No décimo segundo dia de pura euforia um telefonema do seu chefe o desperta para a realidade. Imediatamente ele se questiona o valor de tudo o que havia conquistado, ponderando se valia a pena jogar tudo fora por uma "aventura". Rapidamente se levanta a fim de retomar sua vida normal, mas é impedido por ela. Inicia-se uma discussão, em que decepção e angústia são os sentimentos dela, e medo e insegurança os dele. Ao final decidiu que não podia abandonar toda uma vida, para se iniciar outra sem nenhuma garantia de felicidade e estabilidade. Parte sem olhar pra trás...
Dois meses depois, ao ter voltado à sua rotina e enganar a si mesmo que não pensava mais nela, encontra em sua pasta um papel rosa dobrado. Pelo cheiro exalado ele teve a certeza de ser dela, e resolveu não abrir. Foi o último "contato" que tiveram.
Seus olhos de abrem novamente, e suas mãos rapidamente desdobram o papel, antes que o pensamento covarde o impeça. Lê as seguintes palavras:
"Que parte do 'eu te amo' você não entendeu?"
Sem que ele consiga impedir, lágrimas escorreram pelo seu rosto, e mais uma vez ele se sentiu jovem. Agora sabe que, por medo, trocou felicidade por estabilidade e está sem os dois.
Mas não se culpa por isso. Sabe que nunca é tarde pra recomeçar!
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